terça-feira, novembro 30

recorrente

mais do que comentar esta posta do Miguel, a partir dela permitam-me questionar, desculpem lá, corrijo, pensar alto, se os temas educativos não serão recorrentes, se as preocupações não estarão excessivamente autocentradas, se os problemas não serão de origem umbilical.
A senhora ministra no pouco que disse nada acrescentou à discussão da e sobre a escola pública. Limitou-se a assentuar a necessidade de autonomia (até parece que se quer ver livre das escolas) e a abordar o acesso à carreira docente. Será que há mais temas? será que existem outros problemas?
Nas escolas o trabalho decorre normalmente, a blogosfera reflecte exactamente essa normalidade.
Apesar dos atrasos, dos contratempos, dos percalços o trabalho flui, como fluem as preocupações habituais - o desinteresse dos miudos, a indiferença face ao trabalho escolar, o baixar níveis de exigência de modo a garantir a ausência de perguntas difíceis, o preencher impressos de forma rotineira, qual funcionário de uma qualquer repartição pública, as reuniões debatem o debatido e morre-se na praia em face do cansaço, do esgotamento das ideias e dos temas, fazem-se testes normalizados, para uma avaliação estandarte, para pessoas que são diferentes, definem-se objectivos longe dos interesses e mais longe ainda dos interessados.
Mas de resto tudo normal e este desabafo, tal como o do Miguel, mais não é que fruto de algum cansaço de quase final de período.

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