sexta-feira, outubro 8

retorno

Uma vez por ano regresso áquilo que a minha filha designa por escola grande, a universidade. Sou responsável por um módulo numa pós-graduação ali praticada.
Como (ir)responsável que gosto de ser preparo as coisas atempadamente, procuro informação mais ou menos actualizada, organizo materiais de apoio (bibliografia, sítios na net, apontamentos, artigos, entre outros), disponibilizo um conjunto de textos de apoio que elaboro, sínteses, etc, como tenho o cuidado de preparar as conversas, que é isso que lhe chamo, com esquemas de apoio à organização mental, frases ou pequenos textos de apoio ou de orientação face às problemáticas, à troca de ideias, ao debate.
No final, que é o caso de agora, sinto-me cansado e sem vontade de ir para aquele ambiente.
No ano transacto, a minha primeira experiência, a minha primeira vez, fui expectante quanto ao que ali podia acontecer, a maturidade da discussão, os interesses em construir uma ideia, curioso quanto aos caminhos das discussões.
Vim algo decepcionado, reconheço. Foi demasiado fácil. As pessoas participaram, colaboraram, discutiram, de uma sessão para outra trouxeram outra informação, experiências. O tempo que tinha pensado para a avaliação acabou pr ser gasto no âmbito de mais conversa e a avaliação propriamente dita teve que decorrer já o módulo terminado.
Não estou habituado a que todos participem, a que todos estejam interessados, a que haja ânimo e envolvimento. Achei fácil demais.
Gosto mais do meu meio, o da escola mais pequena, aquela onde a escola até é porreira, as aulas, essas, é que são geralmente uma seca. Mas é destes desafios que eu mais gosto.
Mas lá vou.

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