quinta-feira, outubro 28

do tom

quando faço uma pausa e tenho oportunidade de ver o que fiz, pensar o que está feito, quais as suas implicações e relações fico, o mais das vezes, surpreendido.
ao olhar para as postas mais recentes noto um tom algo amargurado, um sentimento algo negativo quando, apesar de alguns desses sentimentos passarem por mim, não sentir que seja esse o meu estado de espírito nem que sejam os sentimentos dominantes.
o certo é que marcam a escrita mais recente talvez por duas ou três razões. Um certo cansaço que se reflecte na escrita, um certo sentimento de impotência, alguma frustação por sentir que as coisas estão a mudar (é certo que não apenas na escola, mas esta é um dos palcos predominantes de um espírito de mudança) e nós, professores em particular, não conseguimos (outros simplesmente não querem) assumir essa mudança.
Uma outra razão do tom das minhas postas refere-se, eventualmente, a uma ligeira alteração (não sei se momentânea se mais consistente que isso) de foco de atenção, agora assumidamente nas didácticas e metodologias pedagógicas.
É a tentativa, espero que não desesperada, de procurar colaborar na criação de sentidos da escola, do trabalho escolar, do papel do aluno, na construção da pessoa. E tenho obtido resultados que designo como surpreendentes.

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