segunda-feira, outubro 4

conversas

...ora aqui está um tema que pode unir ideias, juntar opiniões, criar um sentido, eventualmente comum, sobre uma ideia feita.
Mas antes permitam-me a colocação de algumas questões que reconheço, logo à partida, pouco pertinentes.
Há a noção - estudos, trabalhos, levantamentos por órgãos de gestão - de quantos dias faltam por ano lectivo os docentes? [é que discutirmos com ideia no ar é pouco credível e sustentável, e, por vezes, temos uma ideia que pode não corresponder de todo em todo à realidade]
há noção se esses dias de falta são superiores, ou inferiores, aos restantes dias de falta da generalidade da administração pública? [não me quero desculpabilizar com os outros, mas a comparação pode ser útil];
A partir destas duas questões a minha opinião, se alguém prescindir dela pode passar à frente que não se perde nada.
Quando integrei um órgão de gestão tive a preocupação de procurar perceber o impacto das faltas de docentes [eram sentidas como uma das dificuldades ao sucesso dos alunos], o número de dias, as consequências. E uma ideia que retive daí, o estudo não é fixo nem absoluto, é que por vezes compensa mais faltar do que gastar o dinheiro nas deslocações. E isso é, no meu entendimento, incontornável em algumas situações, não em todas, obviamente.
Depois, pode parecer incrível, desadequado, inconsequente, mas dar aulas cansa. Cansa e muito. Particularmente se as preparamos, se nos preocupamos com aqueles que temos pela frente, se não queremos criar exclusões, se não queremos diferenciar pela negativa. Puxar por pessoas, organizar ideias, apoiar o trabalho, incentivar ao estudo, compreender dificuldades, perspectivar oportunidades, porra cansa e não é pouco, quando temos pela frente, por dia aproximadamente 100 pessoas, é obra. Por isso e para uma clara sanidade mental, há, de quando em quando, que parar.
Mais ideias para futuras oportunidades.

Sem comentários: