sexta-feira, setembro 17

estranheza

Foi hoje a apresentação do filho, 5º ano da escolaridade. Nova escola, novo ciclo de ensino, novos colegas, novos métodos, demasiadas coisas novas para que a noite fosse sossegada.
Mas a principal estranheza foi minha. Entrar numa sala de aula, juntamente com alunos e pais e sentar-me numa carteira de frente para o quadro foi estranho ou, pelo menos diferente.
Ouvir a conversa das professores que, simpática e cordialmente, recebiam e procuravam enquadrar alunos e respectivos pais.
Ouvir as suas palavras foi estranho. Saber do que também está por trás, quais os sentimentos daquela docente que ainda não sabe se ali fica ou se muda, como vai ser a próxima semana.
É este o papel de um professor que é pai, saber, ou procurar saber, estar dos dois lados [apetece-me dizer da barricada, mas sei que não é nem tem nada de militar], saber, ou procurar saber compreender diferentes pontos de vista sem tomar partido que possa colocar em causa princípios ou oportunidades.
A turma? gente simples, gente boa que está ali ainda por acreditar que a escola é um espaço de oportunidades. E ainda é, e terá de assim continuar.

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