terça-feira, março 4

do restrito

querer restringir a contestação educativa a uma contestação profissional (mesmo que de base sindical) é querer restringir o campo da política educativa ao seu mais limitado campo de acção, a escola - e vai muito para além dela;
querer circunscrever as manifestações de professores a um mal estar profissional é não perceber que, para além da acção profissional, há concepções e lógicas sociais que se sobrepõem, medidas de política que extravasam a escola;
permanecer presos a esta ou aquela medida de política é cercear o debate e condicionar a discussão;
o descontentamento de professores é um descontentamento da escola (no contexto institucional e organizacional), dos pais/encarregados de educação (ainda que, em algumas estruturas, haja conivências com o processo), das autarquias (que não sabem como agir e onde se posicionar), da própria comunidade/sociedade (que olha atónita para o que se passa);
restringir o descontentamento a apenas a uma acção sindical (por muito persuasiva que seja) é querer tapar o sol com a peneira;

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