domingo, março 16

de cá

do lado de cá, da cidade, desta minha cidade, deste lado dos meus sentimentos;
notam-se duas perspectivas que se cruzam, habitualmente em nenhures, num qualquer infinito que não conduz a lado nenhum;
uma assente apenas em mais do mesmo, na crítica, muita das vezes anónima, num brinca ao toque e foge, típico de quem tem apenas o bota-abaixo para usar e carece de argumentos, de elementos factuais que permitam ir além de uma opinião individual e que por aí se fica;
uma outra, mais fundamentada, mais estruturada e que procura alguma consistência, coerência e capacidade de alcance do munícipe;
entre uma e outra é possível perceber que os que já apresentaram inimizades estão agora em paz; algumas das dúvidas antes apresentadas são agora certezas dogmáticas; algumas das insinuações que antes foram feitas pelos próprios são agora meros boatos, quezílias passadas e ultrapassadas;
afinal, as amizades sempre se constroem nos interesses do voto, na posição assumida;
é um construir da barricada, pois a estória individual manda mais que a História municipal e não se conseguem superar fantasmas;

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