terça-feira, março 11

da imaginação

no meio da discussão entre a crítica às políticas educativas e o levantamento contra a avaliação de desempenho, dou por mim a pensar, decorrente da leitura de vários blogues e de alguns dos seus comentários, que um dos receios dos professores é retirarem-nos uma dose de utopia, de imaginação que ainda se partilha relativamente à educação, ao papel da escola;
é uma dimensão incontornável esta de se imaginar a escola e a educação como um espaço de sonho, onde podemos aprender uns com os outros, partilhar experiências e fazer avançar o mundo;
eventualmente um dos elementos perniciosos da avaliação de desempenho residirá exactamente neste aspecto, a de se sair do sonho e cairmos no mundo tecnocrático dos resultados, confrontados que fomos com os números crus, secos, frios;
como poderemos compensar esta dimensão, como conjugar a crueza dos resultados com os afectos de uma sala de aula?

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