quinta-feira, novembro 1

do silêncio

quase que me apetecia comentar os comentários deixados na duas postas anteriores;
por mero pudor, não o faço; deixo o comboio andar, entre carris e percursos mais ou menos sinuosos;
agora há coisas com as quais não compactuo, nem silencio;
muitos partidos dos partidos alentejanos são constituídos por pouca gente, militantes empenhados mas sempre dependentes de outros interesses; militantes empenhados, mas seriamente condicionados pela vontade de poucos;
pergunto a mim mesmo e a uns quantos que me rodeiam, o que queremos nós?
sem esperar pela resposta digo, de forma aberta e convincente, como sempre foi meu apanágio, que não me importa nem o suor, nem as lágrimas, nem a dor, desde que sirva para que as coisas não fiquem como sempre estiveram, na mãos de uns quantos, no interesse de outros;
um partido político não é uma associação benemérita, visa o poder e a sua consolidação; disso não há troco, espinhas ou caroços; quem se julgar ao contrário será por que está enganado, equivocado;
agora não pode nem deve ser o poder de uns quantos, nem o interesse de outros tantos;
se queremos um projecto socialista há que assumir, de forma aberta, clara e frontal, os princípios, valores e ideias; e não apenas os interesses;
para isso, entre o silêncio ruidoso e o ruído silencioso, estarei cá, para o que der e para o que vier;

3 comentários:

Anónimo disse...

"Um partido político não é uma associação benemérita, visa o poder e a sua consolidação". Se não visar o poder pelo poder e a qualquer preço, mas sim a conquista e o exercício do poder a favor do bem comum, não andará longe de uma "associação benemérita". Quimera! Os partidos - todos!- transformaram-se em instrumentos de poder pessoal e consolidação de interesses pessoais. Um grave desvio, altamente prejudicial à democracia e que é o principal factor de descredibilização da classe política. Isso é especialmente notório no PS/Évora, dominado e domesticado segundo a vontade e os interesses de duas ou três famílias que tudo controlam, dando-se ao desplante de fazer e desfazer vidas, carreiras e currículos. Alguém se atreve a dizer que não?

Anónimo disse...

Foi o que fizeram no IPJ do Alentejo, destruiram o percurso de três delegados, em beneficio de um protegido, que não pesca nada do assunto em relação a qualquer um dos outros que foram descomungados, vilipendiados e humilhados.
Esta é a forma de ser do PS.

Anónimo disse...

Já não há palavras que atenuem a falta de vergonha de uns e falta de paciência de outros. PS tornou-se uma sigla de desprestígio, sinónima de amanhanço, cabotinice, esterco... o pior que a actividade partidária pode ter. E já nem falo na actividade governativa!...