sábado, outubro 20

do silêncio

de quando em vez temos de fazer silêncio para podermos ouvir o som que nos rodeia;
há silêncio quando não há ruído ou quando o ruído nos convém, caso dos passarinhos no campo, o escutar de uma sonata, o ouvir um cochichar doce;
provavelmente não haverá silêncio, quanto muito ausência de ruído;
isto também para destacar o que este espaço não tem sido ou, pelo contrário, naquilo que ele se tornou, entre entradas minhas e comentários anónimos, cresce a afirmação de um espaço de participação e de troca de ideias;
nem de todos, nem de todas as ideias; a blogosfera não é um espaço democrático, ou, se o é, é pela ausência de uns quantos, pelo silêncio de outros, pela conivência de outros tantos, pelo ranger de dentes de outros mais;
dizem-me que o silêncio se vira contra mim; saberão eles dos meus interesses, das minhas vontades? que assumo o meu estatuto de sempre, mas se é de sempre será que o perdi?
o silêncio é importante, gosto do silêncio, da ausência de ruído; sabem porquê? para poder ouvir o bater do meu coração, sentir que estou vivo, sentir as paixões e os sentimentos a apressarem ou a diminuírem as batidas;
por isso, comentar que me chove em cima ou que assumo o meu estatuto de sempre apenas faz com que me escute e sinta o silêncio, não, não é de solidão, é de sossego;

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