terça-feira, outubro 16

da escola a tempo inteiro

entre a minha entrada referente ao "cansaço" pessoal e o "escape" a que se sujeita a educação, de um modo geral, e a escola de modo muito particular, há um comentário de todo em todo pertinente e que remete para esta lógica (ou política) recentemente preconizada no nosso país (por este governo socialista) mas já com alguma tradição europeia (nomeadamente em Espanha, França, Alemanha, Brasil, entre outros) e que se refere à escola a tempo inteiro;
escola a tempo inteiro mais por questões sociais que pedagógicas, mais por questões familiares que escolares;
se é certo que o prolongamento das actividades escolares não contribui, de modo directo, pelo menos, para um sucesso escolar, o certo é que este mesmo prolongamento permite um outro descanso à família; neste sentido é fundamental, é essencial que a escola se organize de modo diferente, de modo a permitir não apenas a guarda social e familiar, mas a eficiência pedagógica e educativa inerente à sua missão e às suas funções; esta organização deverá passar, em meu entendimento, pela articulação com outros actores locais que, directa ou indirectamente, se relacionam com as questões da educação, mesmo na sua dimensão não formal; e há experiências nesse sentido que corroboram esta minha afirmação, seja, por exemplo, nas escolas de Paredes de Coura, seja no concelho de Borba onde esta "extensão" curricular é articulada com associações;
só assim, pela articulação, cooperação e colaboração a escola poderá fazer mais e melhor e não mais do mesmo e da mesma maneira, evitando-se a culpabilização da escola por coisas para as quais o seu contributo é mínimo;
obrigado pelo comentário;

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