terça-feira, setembro 18

prós e contras

o de ontem, na rtp1, foi, uma vez mais, sobre a educação, o que muda e o que não muda;
do debate, que considero ter sido dos melhorzitos, algumas ideias soltas:
a educação é um tema que mediaticamente vende, é rentável, dá audiências; não quero exagerar, mas terá sido o terceiro programa este ano sobre a educação, diferentes facetas é verdade, mas sobre a educação; nenhum outro tema consegue suplantar o mediatismo televisivo da educação;
foi um claro sinal de como estão as coisas, entrincheirados em cada um dos lados, ninguém parece mostrar bom senso, agarrar uma das pontas que permita ir até ao lado; mais se parece com um ataque ao castelo onde, não interessa vindo de onde nem quais os seus objectivos, o importante é deitar abaixo, de um lado e do outro, e os lados em educação são muitos;
a escola tem assente a sua estrutura na acção (e funcionalização) dos professores; tem sido excessivo, como tem sido excessivo centrar as políticas educativas no papel dos professores, como pretendem os sindicatos; mas não se pode passar do 88 ao 8; não há política educativa que sirva ou que perdure se for contra os professores, não se pode fazer política educativa sem os professores (de resto como não se pode fazer política de saúde sem os médicos, de justiça sem os advogados, etc) e, aparentemente, a senhora sinistra isolou o que pretensamente considera um dos focos do problema - erradamente direi eu;
sobre o tema, o que muda em educação, uma banalidade, tudo muda para que tudo fique na mesma; as mudanças, ou a sua sensação, é de tudo se alterar de governo para governo, de governante para governante; contudo, na essência, a estrutura (organizacional, funcional, política, social) da educação tem permanecido estável, perdura na longa duração;
um conclusão, pessoal, enquanto as escolas (e os professores) não se conseguirem afirmar enquanto elementos de mudança, de afirmação contextual (localizada dirá um amigo), de organização diferenciada, da assunção de outras lógicas de trabalho, o ministério prevalecerá porque os operários, cedo ou tarde, feliz ou infelizmente, perdem quase sempre;

5 comentários:

Anónimo disse...

A "senhora sinistra" ???
Foi um Lapsus Linguae, ou é mesmo intencional?

Anónimo disse...

A nossa tradição de mal educados é secular. O rigor, a disciplina, o trabalho, a criatividade, o suor, a organização,a dádiva, não são connosco. Só o Salazar fez o que quiz de todos nós educativamente. E ao tentarmos litertar-nos do salazarismo, o que temos feito é regressar à merda. Nem Salazar nem Sócrates. Assumamos a nossa natureza de baldas, de improvisadores, artistas de circo, desenrrascados. Tentemos vender o estilo. Assim, talvez consigamos enriquecer. O caminho da educação não é para fadistas, fandanguistas, faenistas.
E viva Portugal!

Anónimo disse...

A nossa tradição de mal educados é secular. O rigor, a disciplina, o trabalho, a criatividade, o suor, a organização,a dádiva, não são connosco. Só o Salazar fez o que quiz de todos nós educativamente. E ao tentarmos litertar-nos do salazarismo, o que temos feito é regressar à merda. Nem Salazar nem Sócrates. Assumamos a nossa natureza de baldas, de improvisadores, artistas de circo, desenrrascados. Tentemos vender o estilo. Assim, talvez consigamos enriquecer. O caminho da educação não é para fadistas, fandanguistas, faenistas.
E viva Portugal!

Anónimo disse...

Eu não sei, farás o que entenderes, Manel, mas manter o blog a funcionar é uma atitude um bocado masoquista. Até dá dó... Estás a levar fortemente no toutiço e não se pode dizer que não te tenhas posto (e continues a pôr) a jeito! Que ao menos fiques inteirado do mau conceito em que muita gente te tem e tires daí ilações.

Anónimo disse...

Pronto, se gostas de levar, o problema é teu. Costuma-se dizer que quem leva no que é seu...