quarta-feira, setembro 5

abandono

os números do abandono escolar hoje revelados e os seus diferentes comentários (1, 2, 3) são reveladores de muitas coisas, destaco três, para não ser nem exaustivo, nem extensivo;
1. a escola falha no seu alcance da proficiência educativa e escolar - razões várias podem ser apontadas, mas não se desculpabilize, nem se desresponsabilize a escola num objecto que é (ou devia ser) seu por direito, o direito (de todos) à educação;
2. as políticas educativas andam centradas em questões que, entre o essencial e o determinante, esquecem pequenos pormenores que fazem toda a diferença; desde os anos 90, com Roberto Carneiro, que se criou um gabinete denominado Educação para Todos (PEPT2000) que nem de perto nem de longe alcançou os seus objectivos, tudo o que lhe tem seguido, tem ficado pelas boas intenções, das quais os inferno está cheio;
3. a leitura mais preocupante destes números é o destaque das fragilidades da nossa democracia, em tempos de crise, as famílias não se coíbem de recorrer aos mais novos para que possam apoiar o sustento da casa; esta é mais preocupante e reveladora das profundas assimetrias que ainda persistem no nosso país;

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