domingo, junho 3

à lupa


tenho de reconhecer que, não apenas com a idade, mas também com ela, já tenho alguma experiência (não muita, é certo) e gosto de observar o que me rodeia, de procurar perceber (compreender e analisar) o decurso das coisas;
a propósito de questões de trabalho ocorridas no final da semana, foi interessante perceber alguns coisas em torno do mando, não é apenas o poder, é a capacidade de decidir, para além do poder (que se detém fruto dos cargos) e da autoridade (aquele pretenso exercício de influência que se permite a quem detém poder);
aqui o mando é a capacidade de decidir, de optar, de definir escolhas e sentidos de orientação, no caso profissionais e políticas, num pleno exercício do poder e da autoridade que está conferida a um dado actor;
e é interessante perceber que o mando é quase sempre exercído de forma restrita, sai com sérias dificuldades do seu pequeno espaço de acção e de intervenção; exerce-se perante o conhecido e dificilmente se consegue ir além desse espaço, seja de acção, seja de conhecimento;
será esta capacidade, de ir além das suas próprias limitações, que faz a diferença entre aqueles que terão uma linha na página da História, e os outros aos quais serão dedicados capítulos?
será esta capacidade de (como disse na altura) fazer fora do penico que definirá aqueles que têm sentido estratégico e prescrutam o futuro e os outros?
será esta capacidade que determinará aqueles de que nos lembraremos sempre dos outros que se esvanecerão?

1 comentário:

Anónimo disse...

A arte de ser visionário é mesmo só para alguns, por outro lado o acto de saber observar os outros, saber interpretar os seus comportamentos, os seus gestos, as suas atitudes, só muito poucos o sabem fazer e raros são os que conseguem dar resposta ao pedido por eles transmitido. Serão estes que serão lembrados? Ou esquecidos!