sábado, março 10

do real


dos tempos que correm, já não fazemos deles o que queremos, eles fazem-nos, definem-nos, impingem-nos ideias e formas, métodos e conceitos, opiniões e pré-conceitos;
provavelmente o pós-modernismo, seja isso o que for, terá abatido a opinião individual, colectivizado o individuo como os facismos nunca conseguiram;
há uma clara mistura, quando não promiscuidade, entre real e imaginário, entre ser e pensar, mediatização e realidade;
onde acaba um e começa outro?
para uns o copo está meio cheio, para outros meio vazio; o certo é que apesar de meio, não há meio termo na comparação nem na análise;
como se as ideias fluissem mais por obrigação do que por argumento;
e, afinal, o copo está meio cheio ou meio vazio?

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