terça-feira, janeiro 16

redução


por uma casual combinação de situações, tive hoje a oportunidade de defender a ideia de estender a educação para além da escola;
por um lado, num conselho municipal de educação, onde cada vez mais se apela à escola para resolver quase tudo, incluindo as questões do desenvolvimento local;
por outro, a apresentação do quadro de referência estratégica nacional, onde um dos principais, senão mesmo o principal destaque, recai na juventude;
concordo com um e com outro, mas reduzir a juventude à escola e à sua dimensão de educação formal é sobrecarregar quer a escola, quer os professores, quer os alunos (e respectivas famílias) com requisitos para os quais isoladamente não há nem resposta nem hipótese;
alargar os espaços da juventude (e da formação) a outras dimensões e lugares é permitir que cada um faça melhor o que sabe e o que deve; criando-se complementaridades, mecanismos de integração e articulação, definindo instrumentos de aproveitamento e valorização das competências que se adquirem e desenvolvem num dos diferentes lugares onde aprendemos;
talvez aproveitando as possibilidades e oportunidades de cada lugar, a escola tenha espaço e condições para respirar e a construção de uma democracia participativa mais e maiores hipóteses de se afirmar;
talvez...

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