quarta-feira, setembro 20

dos contrastes

Évora, enquanto cidade de (pequena) média dimensão, encurralada entre Lisboa e Espanha, marcada pela Universidade é uma cidade de contrastes;
há pouco percorria a praça de Giraldo, olhava em redor e oiço dois homens, ambos na casa dos 50 e tantos, a gritarem com um outro, a provocarem o outro;
este outro é uma daquelas figuras típicas destas (pequenas)médias cidades, todo aperaltado nos pequenos trajes que ostenta, chapéu enfeitado com flores, engodos de pesca ou pequenas tiras; camisa aberta a revelar aquele peito sarapintado de fios brancos, ar compenetrado como se fosse tratar de coisa séria; entre o sábio (da experiência) e o louco (pelo menos para alguns);
há uns atrás seriam os rapazes, os jovens a brincar com esta figura típica, a provocarem o seu andar e os seus ânimos de pessoa;
hoje são os mais velhos, aqueles que sempre habitaram esta cidade e que a constituem que brincam num claro sinal de contrastes entre uma Évora rural e de tradições e uma Évora pretensamente cosmopolita e culta - atenção que não é uma coisa nem outra.

Sem comentários: