quinta-feira, fevereiro 23

Micro

M. Castells (2006) defende que os fenómenos da micro-economia condicionam a acção da macro economia, numa teia de relações e conexões que vão para além do seu próprio contexto.
A pergunta que se impõe refere-se à possibilidade de transposição desta ideia para o campo da política e perguntar até que ponto os fenómenos da micro-política podem condicionar os fenómenos da macro-política, isto num pressuposto da relação, da interconexão e da interdependência entre estes dois mundos - micro e macro.
Se assim for então que questões se podem colocar a partir do pressuposto que a política (e os restantes fenómenos sociais) não são uma justaposição (local, regional, nacional, global - ou uma cascata em sentido inverso) nem uma simples aritmética sumativa (do tipo a+b=c), mas antes um equilíbrio instável, porventura dinâmico, talvez de interesses, provavelmente de objectivos, certamente de recursos, de quando em vez de intenções, onde, como alguém e num outro contexto definiu, o que é hoje verdade amanhã pode não o ser.
Neste contexto, o que pode ser determinante serão os canais que permitem a ligação entre estas diferentes dimensões, ou perspectivas, e perceber quais os fenómenos de tradução entre eles na adequação ou clarificação daquela panóplia de conceitos (interesses, redes, parceiros, objectivos, acções, projectos...).

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