sábado, junho 4

atraso

Ontem atrasei-me, por razões várias. Faltei à turma da manhã, sem aviso prévio. Cheguei à escola apenas a tempo para, em pé e rapidamente, deglutir algo, de modo a ultrapassar o quase jejum em que me encontrava e assim reunir forças para as sessões da tarde.
Enquanto me dirigia para a sala, já depois do último toque, pensei se o pessoal esperaria ou não. Quando lá cheguei uma surpresa, ninguém no corredor. Passado poucos passos uma estupfacção, abro a porta, todos sentados, lugares organizados e tudo a trabalhar.
Gostei. O professor não faz falta para iniciar os trabalhos.
Andava-me a interrogar sobre as conquistas deste ano lectivo, uma vez que em diferentes turmas têm sido levantadas questões que pensava ultrapassadas, tomadas atitudes típicas do início do ano, do primeiro período e que tinham sido, ao longo do segundo período, perfeitamente ultrapassadas.
Ontem, pela atitude de duas turmas constatei que o ano foi ganho, que valeu a pena.
Como vale sempre a pena.

3 comentários:

Miguel Pinto disse...

As recompensas para um professor devem ser estranhas, digo eu, para um intruso nestas coisas da escola. Aliás, este sentir colectivo é a afirmação de uma identidade profissional. Pequenos sinais, pequenos nadas, aconchegam-nos e preenchem-nos. Será assim, Manel?

saltapocinhas disse...

E isso é para admirar? Os meus pequeninos já sabem o que fazer quando entram, cada um na sua tarefa e eu nem lá sou precisa... (quase). agora asério: nessas idades eles pisgam-se ao 2º toque...o que é que lhes fizeste??

ana disse...

:) É isso mesmo. Vale sempre a pena.