sexta-feira, abril 22

conversamos

Em vésperas de dia da Liberdade fico sempre entre o incomodado e o incomodativo.
Incomododado porque o tempo é curto para se falar de tudo o que queremos e de como queremos. Porque não existe quase espaço nos programas para se falar deste dia, deste acontecimento, apenas no final do programa de 6º ou de 9º ano.
Incomodativo porque procuro despertar curiosidades, trocar ideias. Como professor e como professor de História não posso nem deixo passar em claro este dia.
Troco palavras com os alunos, conversamos sobre isto e sobre aquilo, uso um ou outro exemplo, apresento memórias, peço-lhes para perguntarem em casa onde estavam, o que faziam, o que pensaram, como viveram (se viveram) essedia, esses tempos.
Há uns anos, numa escola por onde passei, convidei um colega (docente) e um pai para falar sobre este dia, as suas memórias, os seus tempos. A situação foi de tal modo intensa que houve lágrimas de parte a parte, de quem conversava e de quem ouvia. Foi, provavelmente, um dos momentos mais intensos de emoção que vivi enquanto professor (e professor de História).
Pois claro que conversamos, é a conversar ca gente se entende.

1 comentário:

LN disse...

Sobre isso, não me restam dúvidas... Nem sobre a importância de conversarmos nem sobre a densidade da narrativa por parte de quem viveu acontecimentos relevantes.
:)