quarta-feira, janeiro 5

funções

o Miguel levanta [outra vez] um conjunto sério de questões pertinentes que pelas suas características e pelas relações que implicam correm o sério risco de se tornarem impertinentes.
Mas caro amigo permite-me responder negativamente à questão que levantas em último lugar [A unilateralidade da oferta da dimensão lectiva não ameaçará a eficácia das funções da escola].
Respondo que não, pois as dimensões da escola decorrem de dois pontos diferenciados e diferenciadores.
Por um lado, de um poder ausente, essencialmente regulamentador que pretende uniformizar e comandar tudo e todos qual ser omnipresente e omnisciente (que há muito não é mas que teima em reconhecer).
Por outro, da construção local e social que é feita da escola, da apropriação de modos e sentidos, das múltiplas intepretações que são feitas, isto é, da vida que é vivida
Uma desvantagem óbvia, os actores sociais jogam de acordo com os seus interesses e objectivos, na prevalência de uma ou de outra consoante o geito, os interesses e as relações que se tecem.
Uma clara vantagem, que justifica a negação à tua questão, a escola nunca é unilateral na sua oferta, por muito que se queira, teime ou persista nessa ideia. A organização, o modo como se coloca a oferta, esse sim pode ser unilateral.

1 comentário:

«« disse...

concordo com essa multilateralidade, o problema é que um lado é muito mais forte do que o outro...é um autêntico acto de castrar (pese embora falta de sentido profissional de muitos colegas)...por isso julgo entender o amigo comum (Miguel Pinto)