sexta-feira, janeiro 7

da excelência

dois post, um e outro, claramente excelentes.
Por um lado porque se visibiliza que a democracia é muito bonita, interessante do ponto de vista teórico e especulativo, mas que fica bem noutro lado que não aqui, consoante interesses, oportunidades ou objectivos. Tem sido uma particularidade deste governo, defender a democracia e a participação quando lhe convém, quando há interesse quando vamos todos no mesmo barco, para o mesmo sítio (versão homem do leme), caso contrário... (patrões e sindicados desmontaram recentemente esta visão das coisas quando, sem governo, se entenderam).
Outro, mais ao nível de discursos mas que têm, muitas das vezes, correspondências práticas, decorrem daqueles que consideram as Ciências da Educação como a fonte primeira de todos os males, as culpadas de tudo - essencialmente do que é negativo no sistema educativo. Como cria ligações e afectos às competências, determinante no e para o reconhecimento dos diplomas.
Entre um e outro, permitam-me acrescentar dois aspectos.
Um já evidenciado pelo Miguel, é fundamental desmistificar a tese das competências técnicas para o exercício de competências políticas. Por muito bom investigador que se possa ser, por muitos conhecimentos técnicos que se detenham, não significa nem lhe corresponde uma dada competência política. Mas Portugal persiste na procura de uma racionalidade técnica para a competência política - depois há os erros de casting.
Outra que para a profissão docente o mais importante é o sentimento das vocações, mais que conhecimentos científicos ou competências técnicas. Tal como para a enfermagem.

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