terça-feira, dezembro 7

conversas

no final da manhã, num buraco do meu horário, troquei ideias com uma colega sobre culturas e climas de escola, a propósito de um trabalho que desenvolve no seu curso de mestrado.
Pela hora de almoço, entre o despachar ideias e actualizar registos, troquei conversa com uma colega sobre as metodologias e estratégias que adopto (pedagogia diferenciada, ao nível de objectivos e processos).
Entre uma e outra das conversas um elemento comum me suscitou a escrita, me despertou outras ideias, a de que a escola está preparada, na generalidade dos casos, para dar aulas e muito pouco mais. Que os professores sentem necessidade de mudar, de mudar práticas, de equacionar modelos, de pensar estratégias, de redefinir a sua prática lectiva e profissional mas que, volto a sublinhar que na generalidade dos casos, as escolas não estão preparadas para dar este tipo de resposta, ir ao encontro de anseios ou de outras necessidades do professor que possam ir para além do normal dar aulas.
Sei que existem outros (bons) exemplos mas nas escolas por onde tenho andado não há uma sala de trabalho para que os professores possam organizar acções, actividades, preparar aulas, trocar ideias sobre práticas ou experiências, falar fora do rebuliço da sala de professores ou fora de uma ordem de trabalhos de conselho de turma.
Na generalidade dos casos as bibliotecas estão atravancadas de gente, de barulho, de aulas, que os centros de recursos são espaços de aula. E pronto, não há mais, não há alternativas. E estas não têm de ser definidas exteriormente à escola, têm e devem de passar por opções da gestão, exigências dos professores, projectos de necessidades.
Há coisas que seria tão fácil mudar.

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