quarta-feira, novembro 17

Avaliação

já li e já trabalhei, numa primeira análise, a proposta de despacho normativo referente à avaliação dos alunos do ensino básico.
Duas ideia me saltaram, nesta leitura.
Por um lado que não há, não houve capacidade de inovar, de trazer coisas novas, coisas diferentes, rasgar horizontes, abrir (ou entreabrir) uma janela, um postigo de oportunidades fosse para a escola, seja para a educação, seja para a relação entre uma e outra tendo como elemento condutor precisamente a avaliação.
Dentro deste aspecto é de realçar o discurso, que está de regresso, sobre a qualidade (foi tema dominante e predominante na transição da década de 80 para a de 90, nomeadamente por Carmo Clímaco e o então observatório de qualidade da escola), agora, como antes, intimante ligado à confiança social e ao funcionamento do sistema.
Como segunda ideia, a maior responsabilização (profissional, pessoal e funcional) do docente. A montante todos são chamados a participar, a intervir, elemento politicamente correcto de envolvimento e co-responsabilização na participação. Contudo, no fim a responsabilidade, a palavra última é do docente (estou certo que muitos docentes abanarão a cabeça e perguntarão de quem mais podia ser??).
Estou certo que será um elemento politicamente ineficaz (por certo suscitará pouca polémica e escasso envolvimento), como será profissionalmente inócuo, isto é, poucas serão as implicações no quotidiano das escolas, dos docentes ou dos alunos (talvez apenas mais umas quantas reuniões de preparação e definição de qualquer coisa).
Há muito mais para dizer, para escrever, para contribuir. Penso não ser este o espaço mais adequado, daí ficar-me por aqui.

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