domingo, outubro 24

mudança

a partir de um momento em que a partir da minha sala de professores discorri sobre ela, isto é, a sala de professores, abriram-se diversas e diferentes janelas de diálogo que são salutares no pensar a escola.
Nestes diálogos, francos, abertos e com o claro propósito de se construir uma ideia de escola, o Miguel traz à baila um dos temas que, no príncipio do seu blogue (ia dizer da sua escrita) marcaram presença assídua e deveras interessante, a mudança.
Neste sentido, destaca uma ideia que, muita das vezes, é esquecida, minimizada quando não mesmo desprezada, diz ele que a mudança não é, em si, boa ou má. Serão os sentidos e os fins que lhe determinam a essência.
Não podia estar mais de acordo. No entanto, e nestas discussões colectivas e diferidas há sempre um mas, um se, ou algo parecido (e ainda bem), na sequência do seu texto e nos 4 princípios que apresenta falta uma ideia, um ponto que torna a mudança crucial, fundamental e imprescindível, o interesse.
Vale a pena mudar? mudar para quê?, que interesse há em mudar?, mudar o quê? quem muda o quê? e porquê?
Concordo plenamente com o Miguel, coisa que já não é vulgar, quando afirma que é (...) tempo de procurar soluções, de agir. Não é o tempo de carpir as mágoas pelo rumo da educação. Mas nesta procura de sentido há que procurar o porquê, qual o interesse, o motivo, a razão de criar a paz em vez da guerra, de concordar em vez de discordar, em anuir em vez de discutir.
Por isto tudo termino com uma ligeira divergência, as salas de professores não podem nem devem continuar na mesma, com o sério risco de estarmos a hipotecar um futuro.

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