segunda-feira, outubro 11

de início

recupero o célebre e falhado slogan de Pessoa. Primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Também nesta vida de professor é o que acontece.
De início foi a estranheza, a surpresa, a tomada de consciência de uma situação perfeitamente inesperada para muitos. Passados os primeiros dias, descobrimo-nos, entranhamo-nos neste nosso novo mundo. Trocam-se ideias, fazem-se comparações, descobrem-se sentimentos comuns, partilham-se amizades.
Não há, pelo menos por estas bandas, grande disponibilidade para discutir a escola, o seu papel, os seus objectivos, a acção e a intervenção do professor, o que dele se pretende na relação com os encarregados de educação como se tudo fosse pacífico, tacitamente aceite e acordado.
Aos poucos iremos descobrindo, à boa maneira alentejana, que nem tudo é assim, que há significativas diferenças, algumas clonflituantes, algumas espinhosas de resolver.
Certo que tudo se resolverá espero e observo o acamar das ideias e das pessoas em torno de posições, uma previamente definidas outras que se controem agora. Outras que se descobrem.

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