sexta-feira, setembro 24

do contente

o certo é que a generalidade dos professores se contenta com pouco, com pouco fica feliz. Por vezes apenas com um sorriso de um qualquer aluno.
No início da manhã, na sala de professores, as conversas arrastavam-se, marcadas pelo tom sério, eloquentes na crítica, mordazes na sensura, acutilantes na angustia.
No final da manhã já são os sorrisos, entre o nervoso e o inesperado, que marcam o ritmo desta sala de professores, a paródia crítica à situação, o encolher de ombros perante a nossa manifesta incapacidade de fazer mais ou de maneira diferente, o sorrir perante a adversidade.
Depois das primeiras apresentações, dos primeiros momentos passados numa sala de aula, do confronto de múltiplos olhares, estamos prontos para mais e para o nosso melhor.
Como disse, e muito bem, o Miguel, estamos no reino do faz de conta... faz de conta que está tudo bem, faz de conta que nada se passa.

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