Não comento esta situação, sabemos o que ela é, sabiamos, previamente, com o que contar e quais as regras deste jogo. Como não comento do papel do Estado quanto à sua intermediação na relação entre formação incial e mercado de trabalho.
Não comento nada. Permitam-me, no entanto, perguntar:
- como se pode, nestas condições e nesta situação pereclitante, pensar a escola?
- como podem as escolas ser espaços de aprendizagem e troca de conhecimentos mútuos, entre alunos e professores, entre professores e encarregados de educação/comunidade, quando sabemos que temos prazo de validade na relação estabelecida?
- como se podem definir objectivos de ciclo quando, muitos, nem um ano lectivo chegam a estar na escola?
- como se pode apelar à qualidade da educação, ao aumento da qualidade das nossas escolas, quando estamos preocupados com os filhos distantes, se dormiram, se comeram, se estão bem?
- com que legitimidade se exige ao docente o domínio de tecnologias, didácticas, conteúdos, conhecimentos e informações quando anda mal dormido, mal comido e preocupado com aqueles perante os quais tem maiores e mais legítimas obrigações, os filhos?
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