quarta-feira, setembro 15

óbvio

... pelo menos para mim, esta conclusão a que chegam os técnicos da OCDE.
Ou, nas plavras do Miguel, a escola situada decide sempre melhor quando decide por si.
Não me interessa aqui entrar em discussões sobre a história e a organização deste sistema educativo, desde os tempos da minha avózinha até aos dias de hoje na tentativa desenfreada de incutir orientações neoliberais com as quais eu não concordo. Há trabalhos suficientes e suficientemente pertinentes para essa compreensão e análise.
Já não é assim sobre as possibilidades de organização local, situada, comunitária, chamem-lhe o que quiserem da escola.
Na generalidade dos casos os professores aceitam as responsabilidades que lhes competem e que são, pública, política, social ou organizacionalmente, atribuídas. Mas quando são levantadas questões, umas impertinentes outras nem tanto, os órgãos de gestão despacham rapidamente para canto, as autarquias olham para o lado, os sectores económicos e sociais fingem que não é com eles e, de repetente, os professores ficam com a batata quente na mão. E não há, neste casos, decisão que resista.
Fomos habituados a trabalhar sozinhos, individualmente. Como fomos habituados a não levantar muitas questões, a não questionar sobre critérios, métodos ou orientações e menos ainda sobre decisões. Se falamos em política iriçam-se os pelos e enche-se a boca que aqui não entra política, apenas (in)competência técnica. Falta-nos formação, até na formação, como nos falta humildade para ouvir o outro e conversar com ele, perceber que juntos podemos fazer mais e muito, muitissimo melhor.

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