quarta-feira, setembro 15

bom senso

... mas há também que ter um pouco de bom senso em todo este sistema, seja educativo ou outro e, considero eu, se me é permitido, bom senso é coisa que por vezes falta.
O meu filho mudou este ano de ciclo de ensino e de escola. Por critérios internos, que não discuto aqui, a turma de origem foi desmontada, desagregada, desmenbrada e ficam apenas dois , três no máximo quatro alunos por turma daquela conjunto que antes eram praticamente 20.
Quando pergunto quais os critérios que presidiram à elaboraçãio/constituição das turmas fico com a clara sensação de me estar a emiscuri em áreas onde não sou chamado, a levantar uma discussão em que os senhores professores não estão habituados a ter nem estão, mais interessante ainda, interessados em iniciar. É problema deles e se procurarem responder a todas as solicitações que os pais/encarregados de educação apresentam então não estabilizam nem as turmas nem os horários. É correcto este ponto de vista. Mas se existem queixas, poucas ou muitas como me fizeram sentir, é apenas sinal de desagrado, descontentamento e, por vezes, de falta de bom senso na constituição das turmas.
Particularmente, e aqui reconheço que me senti, quando percebo e é evidente que se reunem grupos de excelência e outros que logo se verá como são.
A soberba e a arrogância profissional sempre foram coisas que me irritaram solenemente. Quando a encontro na minha profissão fico piurço.

4 comentários:

Anónimo disse...

O maior problema na constituição de grupos de excelência, como lhe chama (a expressão é muito diplomática), é depender de amizades, pressões daqui e dali e das circunstâncias de cada ano lectivo (a presença daquele aluno, filho de X ou Y). A coisa até não seria grave e terceiro-mundista se isso fosse uma política assumida - o agrupamento dos alunos segundo os resultados do ano anterior, por exemplo. Mas a ser um critério público e claro, teria de ser aplicado sem desvios, e o que interessa aqui é a falta de regras que torna o protesto quase impossível. Protestar contra quê?
Enfim, estas manobras estendem-se aos horários das turmas, aos professores a quem são ou não atribuídas as turmas, ou até às actividades em que participam os alunos. Muitas? algumas? vezes, do 7ºA ao 7ºF vai uma distância enorme no respeita a condições para o sucesso escolar.

Anónimo disse...

PS: Não sou muito sensível ao critério de manter os mesmos alunos no mesmo grupo durante vários anos, ou melhor, parece-me que na maior parte dos casos não é um critério, mas uma conveniência e um privilégio só de alguns.

manuel cabeça disse...

mas não posso comer e calar. não posso e não devo ficar sentado à espera de mais uma qualquer arbritrariedade de não justiça.
posso nada ganhar, nem pretendo dar entender que de um jogo ou de uma qualquer conta de merceeiro se trata, mas devo de chamar a atenção para o facto e não me posso ficar por este meu espaço.

Anónimo disse...

Não deve comer, nem calar-se. Deve protestar quando achar necessário. E perguntar. Pergunte qual é o critério de constituição de turmas.