segunda-feira, abril 4

mais do mesmo

Apetece-me repetir a designação do Nelson. Ao fim de um dia de trabalho é mais do mesmo.
Uma colega, à saída da escola, aborda-me sobre uma dada turma, o seu carácter irriquieto, o seu manifesto desinteresse, a indiferença perante tudo o que se lhes coloca pela frente.
Pergunta-me, entre o aflita e o desesperado, o que se pode fazer.
A resposta terá demorado provavelmente mais que uma hora, para chegarmos à brilhante conclusão que isoladamente, sózinhos, pouco ou nada podemos fazer.
Há todo um trabalho a montante da situação herdada a desenvolver, há que consensualizar conceitos, definir rumos, valorizar competências e descobrir sentidos.
Um professor pode fazer muita diferença, pode ser fundamental. Mas não será solitária e indivudalmente o eixo de mudança. são necessárias mais vontades, outros pontos de apoio.
As mudanças terão de ser pequenas, por intermédio de pequenos passos, uns inseguros, outros mais convicentes. Com pequenas convicções, mas com grande determinação.
Alterar a indiferença de uma criança? criar sentidos ao que faz na escola e na aula? Como, repercuto eu a questão.

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